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Marco Polo esteve mesmo na China? Como foi sua infância?

Antes de partir para a leitura de cartas, sinto que é preciso falar um pouco (beeeem pouco) sobre quem é Marco Polo, porque talvez você não o conheça (e é uma figura fascinante).

 

"Marco Polo foi um explorador veneziano do século XIII, conhecido por suas viagens à China e à Ásia Central. Ele viajou com seu pai e tio ao longo da Rota da Seda, chegando à corte do imperador Kublai Khan. Suas experiências foram registradas no livro "Il Milione" (O Livro das Maravilhas), que se tornou um best-seller na Europa e inspirou futuras explorações. Marco Polo é considerado um dos maiores exploradores da história e suas viagens ajudaram a abrir a Ásia para o comércio e a cultura europeia" (resumo sobre Marco Polo gerado por I.A.).

 

Sobre a infância de Marco Polo, o pouco que se sabe é que ele nasceu quando seu pai estava viajando. Depois que a mãe morreu, um casal de tios o adotou até o retorno do pai, quando Marco já era adolescente.

 

Então nesta tiragem de cartas descobriremos mais algumas informações sobre a infância de Marco.

E vamos ao que interessa:

 

Quando Marco Polo nasceu, seu pai já estava viajando, no Oriente (o que já sabemos através da história) e a ausência do pai podia ser sentida pelo pequeno Marco. Pelo menos enquanto a mãe dele era viva, afetivamente falando, o lar que ele vivia era desestruturado. Constantemente ele se sentia diferente, solitário, deixado de escanteio.

 

Sua mãe não tinha condições psicológicas saudáveis. Ela tinha uma espécie de depressão crônica. Provavelmente a ausência do marido só piorou seu estado emocional.

 

Apesar de viver num lar financeiramente confortável, a desestruturação familiar e falta de acolhimento maternal eram um peso nas costas do Marco em sua infância. Ele provavelmente não tinha contato constante com outras crianças, o que o tornava um garoto solitário, imaginativo e, ao mesmo tempo, maduro para sua idade. Ele não tinha com quem partilhar seus medos e sonhos e precisava se mostrar forte, precisava esconder suas hesitações e suas dores.

 

Marco sentia falta do pai que até então ele nem conhecia. Ele sentia que tinha uma ligação com o Pai, sentia muito sua ausência e imaginava como seria quando ele retornasse do Oriente.

 

Desde criança Marco Polo já sonhava e já queria acompanhar o Pai em suas expedições. Ele provavelmente já sentia que o Pai retornaria e que ele acompanharia o Pai em uma outra expedição. É o que ele queria, desbravar o mundo ao lado de seu pai.

 

A realidade triste de seu lar, com uma mãe psicologicamente debilitada, provavelmente só alimentou ainda mais o desejo de Marco de viajar e conhecer outros lugares e outras realidades.

Quando a mãe de Marco Polo faleceu, Marco acreditou que na vida pós morte a Mãe poderia ser mais feliz. De certa forma, foi também um certo alívio para ele. Sem a mãe, que vivia infeliz e deprimida em vida, talvez Marco se sentisse livre do peso de precisar ampará-la e cuidá-la enquanto seu sonho era expandir e mudar a sua vida.

 

Seus tios que o adotaram depois do falecimento da mãe, não o mimaram de carinhos e beijos. Talvez, ao adotá-lo, seus tios queriam que o jovem Marco fosse preparado para vida, para o trabalho. Não deixavam faltar nada para o Marco, mas mantinham certa distância emocional e se apressaram em torná-lo capaz de lutar por seu próprio sustento.

 

Como já sabemos através da história, Marco era cristão, católico. Vejo nas cartas que a religião e os valores religiosos eram importantes para ele, desde criança e adolescente. Ele refletia sobre os ensinamentos que aprendia com os padres e com a igreja. Marco tinha uma fé verdadeira, sentia prazer genuíno de exercer sua religiosidade com sua comunidade.

 

Provavelmente era um lugar onde ele se sentia mais alegre e inserido entre as pessoas.

Quando Marco conheceu o pai, ficou extremamente feliz e sabia que estaria ao lado dele no campo dos negócios, inclusive em uma próxima viagem do pai. Marco sempre esperou por esse momento. O pai era respeitado no campo profissional por todos, mas principalmente sob os olhos do filho.

 

O pai de Marco Polo não era extremamente carinhoso. Talvez ele apenas fosse um pai exatamente como todos os homens de seu tempo. Seu foco era correr atrás dos seus sonhos empreendedores e prosperar. Mas certamente era um pai que expressava seu carinho de outras formas. É que sua imagem impunha certo respeito nas pessoas e no filho. E Marco aceitou a hierarquia, respeitava demais a experiência do pai e queria aprender com ele.

 

Quando Marco embarcou em sua primeira e histórica viagem (com 17 anos de idade, segundo o que já sabemos), era ainda virgem. Sei que essa informação é irrelevante e aparentemente fora de contexto, mas não vou omití-la. Hoje em dia, aos 17 anos provavelmente a maioria dos homens já tiveram suas experiências sexuais. Talvez não fosse essa a realidade na época e na região de Marco Polo.

 

Muitos historiadores ao longo do tempo levantaram dúvidas sobre a veracidade da viagem de Marco Polo na China. Alguns acham que ele nunca chegou a pisar na China. Mas as cartas confirmam que ele esteve sim na China, que foi bem sucedida a sua viagem e ele não mentiu sobre este fato. As cartas inclusive dão a entender que ele passou muito tempo lá e foi respeitado pelos habitantes da região.

 

Editado em 27/04/25 para correção ortográfica.

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Enviado por As Cartas Contam em 21/04/2025
Alterado em 27/04/2025
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